(Absinto e bourbon)

eu bebo os abismos

com sede colossal

odeio meio-termo

receio meio-tom

quero o copo cheio

de absinto e bourbon.

dentro de mim

o destino é teia

de cabalísticos nós.

ao meu lado

um deus passeia

e eu me sinto só.

na verdade eu não passo

de um velho rio assoreado

correndo contra o tempo.

velhas pegadas

resumem o que fui

traduzem o que sou.

Poemúsica
Enviado por Poemúsica em 25/03/2020
Código do texto: T6897123
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