Malandro (Zé do Dado)

Malandro do jogo
De dados
No bolso direito
Seu terno de linho
tem corte
Perfeito

Cabelo engomado,
Cheirando
À alcatrão

Se mexe no meio
Da roda
Seu jogo é certeiro

Não faz fé no pouco
Quer
Fácil dinheiro

Sacode o chocalho
Escondido
Na mão

Malandro,
Dos olhos
De raio

Passarinho,
Encontrou
O alçapão

Otário,
Caiu no vigário
Lá se foi mais um

Percebe
A chegada
Da “dura”

Não se mete
Em qualquer
Confusão

Num passo
Desmonta o cenário
Agora é só mais um

Malandro
Jeitão abusado
Não tem preconceito

Só anda sozinho
Com muito
Trejeito

Ar tão desligado,
Mas plena
Atenção

Conhece
Das roupas de moda
No traje maneiro

Tem dente de ouro
Devendo
Ao bicheiro

No ás do baralho
Faz seu
Ganha pão

Se alguém,
Ocupar
Seu espaço

Tem pernada,
Estilete
Na mão

Sem páreo,
Até no abecedário
Não tem medo algum

Malandro,
Tem um
Ponto “cego”

Traz Giselda
Em seu
Coração

Nos braços
Da doce morena
Ele é qualquer um
Maria Araujo e Germano Ribeiro & P. Gomes
Enviado por Maria Araujo em 13/03/2020
Reeditado em 22/09/2020
Código do texto: T6887203
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