Ave noturna

Não há dor que não ensina

Uma nova lição

Toda dor que desatina

A ordem da minha confusão

Peixe que fugiu do aquário

Quis viver no oceano

Mas sentiu falta de casa

Sentiu dor e desengano

Quando cruzei seu caminhar

Não sentia dor nenhuma

Hoje me invade a tristeza

Ao cantar a ave noturna

Não há dor definitiva

Todo penar é passageiro

São os devaneios da vida

Enchendo nosso bagageiro.

Rafhael Morcego Franco
Enviado por Rafhael Morcego Franco em 21/11/2019
Reeditado em 21/11/2019
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