Ruínas da visão
Escrito em 7/8/2019
Oh, os anos que transformam os lugares em ruínas
E que cansam todos os olhares
O desespero inerte que vai seguindo
Na sombra de todos os lugares
E todos os passos são em vão?
Ou todos são engolidos pelo chão?
Talvez não haja resposta
Dentro das ruínas da visão
O cinza deste cenário mal pintado
Esmorece o céu azul
Meus olhos fogosos não conseguem mais
Ver o cruzeiro do sul
Sei que falando assim
Parece que vai ser o fim
Talvez isso nem exista
Nas ruínas da visão
Os pincéis dentro de sua caixa
Longe dos gizes de cera
As paredes das ruínas parecem enormes
Mas por que será?
Adeus para os minutos
Que nos deixam de luto
Talvez não haja morte
Nas ruínas da visão
Essa prisão de nuvens não tem celas
Para quem nela entrou
Pois ninguém fez nada de errado
Para estar na sombra do sol
Não há ruínas para os arruinados
Pra eles não há o pior
Talvez haja liberdade
Nas ruínas da visão