(sol de Glauber)

faca de gume afiado

a dialética do caos

coloca lado a lado

os bons e os maus

rio perene, imaginário

nuvens de arribação

são pés cortando caminhos

é o sol castigando o sertão

terra seca, esturricada

abrindo-se em estrias

mostra-nos a saga macabra

de um povo em agonia

o céu ardente cria redemoinhos

mó inclemente nos reduzindo a pó

imagem triste e degradante

uma região esquecida

onde, 'o sertão é quase nada

e não tem quase nada.'

Poemúsica
Enviado por Poemúsica em 31/07/2018
Reeditado em 12/09/2018
Código do texto: T6405865
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