UM CANTO AGRESTE
*Um canto agreste*
*Carlos Silva*
Tu tens,
o cheiro do agreste
Do sertão florido, do campo em flor
Tu és
a beleza tão rara, a poesia mais clara, que um poeta cantou.
O verde
exala o perfume, nos panos coloridos
que tornam teu ser
Embalando cabelos ao vento,
E o meu pensamento querendo te querer.
Tu tens, no canto o sopro
Do vento embalando sonora canção
Mostrando,
de dentro pra fora,
O cheiro e a flora desse meu sertão.
És menina
Rompendo a neblina
Com gosto de chuva do orvalho torrão
Num bailado,
De vida e beleza
Com toda a pureza
brotando emoção.