Chão de peão
Vou contar a história da minha vida
Venho de uma família de peão
Meu pai, meu avô, meu tataravô
Tocava a boiada no estradão
Nasci nessa terra de chão sem fim
Do meu pai ganhei meu primeiro cavalo
Me ensinou a montar e tocar o berrante
Sempre guardo essa lembrança
Sair em comitiva ainda criança
Comer poeira na estrada,
Está cada vez mais rara
boiada agora é levada
No caminhão sem parada
Refrão
Asfalto agora é chão de peão
Não ando mais no meu alazão
So ando de rodeio
Atrás da mulherada
Sempre num bar cheio
Lá distante no sertão
Onde não chega o caminhão
A boiada é tocada no berrante
Saindo em comitiva sempre distante
Agora minha vida é na cidade grande
Tenho saudade de matar a sede
No terere e a fome no tropeiro
Mas não troco minha vida de solteiro
Laçando a mulherada, no meu jeito
De tocar a vida como peão de rodeio
Refrão
Asfalto agora é chão de peão
Não ando mais no meu alazão
So ando de rodeio
Atrás da mulherada
Sempre num bar cheio