VIDA ESQUECIDA

Primo, infeliz mente, um dos reis do agronegócio.

Sorriso maroto, colar no pescoço, vida esquecida.

Dinheiro sente o cheiro ambição, cadela, cão, cio.

Poço sem fundo empregatício, troca moeda ferida.

Feita em crostas maternas de terra qualquer, santa.

Minas sofridas, sem lágrimas, já nem choram mais.

Mata barata queimada, aonde o tiro ecoa e canta.

A Maria taca flores, deixando as maritacas em paz.

Ferrando cavalo coxo na cachoeira antiga do paiol.

Leite minguado, pasto pisado, gado bem coroado.

Nascente sente na pele tanta sede de poder do sol.

Salva momento, deixando seu bom neto assustado.

Pense nele, como uma grande diferença do futuro.

Biela necessária para movimento perfeito do pistão.

Nave agradecida, trave extrativista, o canto seguro.

Ar, água e verde, ou, carbono, atoleiro e escuridão.