Minhas estações
Folhas de outono
copas que renovam,
estrelas nos sonos
sinos que acordam,
pincéis que cromam
páginas de vitrais,
sonhos que proponho
não abandono jamais.
Frescor de primavera
cores teatrais,
flores nas janelas
sombras nos quintais,
risos de crianças
desejos e quimeras,
doces de lembranças
idas, vindas e cais.
Tempo de hibernar
quando a chuva cair,
pode até trovejar
não precisar sair,
vendo o inverno passar
tomar chocolate e açaí,
nem pensar num lugar
quando o lugar é aqui!
E quando um raio de sol
anunciar o verão,
abrindo os braços no vão
da sacada do meu janelão,
festejando em prol
alegorias do meu coração,
serei como um rouxinol
cantando a nova estação...