marcas do destino
tenho marcas no meu corpo
com cheiro desse chão
é avermelhado o meu rosto
de poeira do estradão
meu sangue tem outra cor
minha pele é descorada
o que fiz faço com amor
sempre tocando a boiada
ei, boiada
quanto mais o tempo passa
muito mais eu corro estrada.
por esse sertão divino
um cordão deixo atrás
é a marca do destino
de quem para longe se vai
meu cavalo é de raça
comigo vai em disparada
a saudade me abraça
lembrando da minha amada
ei, boiada
meu destino e o seu
é sempre correr estrada.
0001 2007 0061
abel paes de camargo