Eu sou eu
Agitou a mão e disse com um espanador invisível,
Que sacudia um pouco de poeira,
E eles? Eles anotavam tudo.
Uma espanada e já era a Harappa,
Uma espanada e já era a Ur na Caldéia
Uma espanada vai aranha e a teia.
Uma espanada Babilônia e Tebas,
Uma espanada Cnossos e Micenas
Uma espanada tudo vira nada.
Não existe estabilidade social,
Sem a estabilidade individual.
Setenta e duas mil repetições,
Fazem as competições.
Uma espanada, onde está Ulisses?
Uma espanada, onde estará Jô?
Uma espanada e já era júpiter.
Uma espanada Gotama e Jesus,
Uma espanada, Atenas e Roma.
Uma espanada e o Império do meio vira nada.
Eu sou eu,
E bem quisera não ser.
Querer algo buscar,
Sem saber onde está.