Azar do Amor
Dizem sempre que o amor é bom
Mas às vezes ele é tão cruel
Basta ler nos olhos desse alguém
Que comigo já morou no céu
Ela sofre e é tão grande assim
Essa dor que lhe inunda o ser
Sofre tanto por prever o fim
Quanto por não poder me deter
É que o imã dessa nova luz
Me arrasta me embriaga até
Como foi num dia que esqueci
Quando nela vi meu sonho e fé
E sabendo como é brava a lei
Dessa coisa, desse tal de amor
Não me iludo pois quem hoje é rei
No retorno pode achar a dor
E é quase por saber de cor
O princípio dessa história e o fim
Que não rio sei que amanhã
Posso estar igual a ela assim
(Pitangui, MG, 1990)
(Ritmo: samba-canção)