Águas de desatinos
Vem leva-me agora
Desta casa deste frio ninho
Em que morri me deixei
Rouba-me desta concha
Os meus nervos coração e boca
Querem rir explodir
Me entregar
E provar
Das águas de desatinos
Que até hoje evitei
Vem leva-me agora
Faz-se tempo e hora
Crosta do dia-a-dia
Me amarra acorrenta
E adia alforria
Abre esta gaiola
E me ensina o beabá os caminhos
De beber amplidão
Me entregar e provar ...
(Ritmo: Valseado)
(Pitangui, MG, 1977)