Passos (Des)encaixados

Vez em quando, eu revivo

Eu revivo tempos pueris

As lembranças mostram-me tamanha dificuldade

Ao olhar em torno e não ver nenhum sentido

E o que eu queria era, apenas, um abrigo

É bizarro, eu sei

Eu sei, fui tão fraco

O sistema tem raízes bem profundas

Minha identidade eu perdi

As máscaras ocultam meu rosto

Pois passei a responder tudo no automático

Hoje não me acho

Não me encaixo no meu silêncio

Sou aceito por todos

Mas rejeitado... Eu sou rejeitado...

Hoje não me acho

Não me encaixo no meu silêncio

Sou aceito por todos

Mas rejeitado no meu mundo

Do meu pequeno vidro, nada parecia nítido

O horizonte era turvo, confundindo a realidade

Marchamos para o progresso e anulamos as emoções

Daí, cada peça se encaixa pra formar uma só máquina

E o espaço vem estreitando

Me deixando sem ar

Já não tenho forças, vontade pra me encontrar

Então, carrego um sorriso ensaiado nas ruas...

Nesse mundo abstrato, eu sigo um roteiro

Rômulo Sousa, Juliana Martins e Luri Maiara e Mayelle Batista
Enviado por Rômulo Sousa em 13/01/2015
Código do texto: T5100599
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