Bicho-máquina

Carreguem suas armas, com seu sangue, suas almas

lá vem o bicho-máquina, ele faz a terra tremer,

o homem, o primata, pode ser um magnata

a piedade não está em nenhuma de suas leis

Ele mente para ser acreditado,

e suas promessas o tornam um aprisionado,

É...ele sobe no pódio da insensatez,

e as vezes não confia na própria lucidez,

Cansado de tanto fazer nada,

ele diz: “Quem sou eu ?”,

tranca a porta, passa mal, assiste ao jornal,

todos são bandidos, todos vão lhe fazer mal

Oh... ele foi fabricado, enlatado,

conservado, consumido, degustado,

e descartado

Ele pode ser homem, bicho-máquina,

primata, mas sua vida é tão frágil!

ele se foi com um disparo!

Ele tropeça nos próprios passos e desfaz os laços,

se afoga na própria embriaguez,

ele pode ter um sorriso falso, mas a lágrima é verdadeira,

ele caminha pela trincheira

Totalmente automatizado, preferiria estar estático,

ele tem uma arma na mão,

a saída mais metálica,o sorriso derrotado,

e com um tiro ele se foi em vão,

Oh... ele foi fabricado, enlatado,

conservado, consumido, degustado,

e descartado

Ele pode ser homem, bicho-máquina,

primata, mas sua vida é tão frágil!

ele se foi com um disparo!

Gabriel Câmara de Oliveira
Enviado por Gabriel Câmara de Oliveira em 23/11/2014
Reeditado em 24/11/2014
Código do texto: T5046340
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