Noite dos mascarados
“- Quem é você?
- Adivinha se gosta de mim!”
Hoje os desamparados procuram
Um par pro seus fardos em copos de gim
- Quem é você diga logo
- Que eu tenho pressa no jogo
- Que eu quero só viver mais um pouco
- Minha roupa a esconder que sou oco
- Eu sou forasteiro da noite, um torpor
- O meu tempo inteiro só penso na dor
- E tenho um isqueiro
- Só quero um litrão
- Meu pai deu dinheiro
- Roubei do irmão
- Saí à cidade pra algo encontrar
- Eu, moléstia a parte, só vim me enganar
- Cheirei cocaína
- Esse tempo passou
- Nunca usei heroína
- Isso é o que restou
Na balada, afinal
Não me importo com quem é você
Amanhã, mais um dia banal
As luzes vão ofuscar
A música vai convencer
Quando o dia raiar verá que sou
Tão vazio quanto outro qualquer
Se quiser aspirina eu te dou
Entenda, morto estou
É assim que Deus nos quer
A grana acabou
Volto pra casa a pé
“LAAAIÁ, LAIÁ [...]”
p.s.: trata-se de uma paródia da "Noite dos Mascarados" de Chico Buarque, novamente, perdoem!
&lis*
20/09/14