Viajante

Palavras eram verdades no fragor da ventania

Enquanto raiava o dia da razão, do bem-querer;

Eu saia da cidade pro sertão, sem agonia,

Desatava em cantoria, um turbilhão de renascer.

As flores da paz e as cores da guerra

Misturam-se em mim e em você;

Amore iguais à luz de candeia,

Brincando de sobreviver.

Sou, às vezes, passarinho, outras, ave de rapina;

Predador pegando forte, mas também sei dar amor;

Vez em quando, feito estrelas, viajando pelo tempo;

Cruzando por asteroides que são pessoas como eu.

Que trazem no olhar histórias e lendas;

Contadas pra desencantar,

Os sonhos a mais e as doidas quimeras

São coisas pro vento levar.

Carlinhos Matogrosso

carlinhos matogrosso
Enviado por carlinhos matogrosso em 28/04/2014
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