Armadilhas
Seus braços são armadilhas Refrão
Sua língua veneno mortal
Suas palavras gélidas, frias.
Suas mentiras ilusão fatal.
Me pergunto dia após dia
Se você é um réptil, animal.
Olhar parado, atento, calado,
Preparando a mordida letal.
Peito aberto pulei no Mar Morto
Certo de não poder me afogar
Nas águas turvas desse amor torto
Sua salmoura pode cegar.
Mas o velho barqueiro, Deus Cronos.
Concedeu-me nova visão.
Só o tempo cura as feridas
Desfia os véus da ilusão.
Tal criança renascida,
Não sou mais bebê chorão
Alma alegre, destemida,
Hoje sou eu seu alçapão! Volta ao refrão e termina.