Reflexo
Em cada mito meu encontro o meu eu.
Olhando em frente ao espelho,vejo as estradas que percorri,com marcas das ações humanas e nelas suas digitais.
As lagrimas caem,mas é como se não existissem,porque dizem que com elas as dores se vão. Mas as minhas permanecem.
Posso ver meu reflexo na lâmina da vida.
Quanto sangue eu fiz correr,do jeito que fizeram comigo.
Quantas esperanças nasceram e morreram estranguladas.
Sentada no balanço onde o vento é capaz de me empurrar e o tempo roubar a minha voz.
Vejo tão grande e pequeno,inesquecível e insignificante foram as nossas idas e vindas.
Assim como a calada da noite a vida se torna fria.
Assim no contar do relógio a vida vira uma corrida cardíaca.
Brinco de pingue-pongue com o amor.
E as minhas pisadas são comparadas a de um monstro.
As minhas loucuras comparadas a de um psicopata.
Mas ninguém consegue olhar fundo nos meus olhos e me entender.
Meu kit sobrevivência tem marca registrada no pulso,no compasso ritmado da vida.
Onde chorar não faz sentido,só mostra o lado frágil de quem é forte.