Rogai por nós
Estou olhando pela janela tentando ver,
Um destino improvável,mas que quero ter,
Medi a temperatura da minha alma,
Cerca de 40 abaixo de zero,
E lá fora outros 40 de sol que eu quero,
De tanta solidão um homem gela,
Cria um medo em segredo,
E amarela,
Criticar é tão fácil,mas a vida cada um tem a sua,
Talvez você não tenha uma sombra obscura,
Que te segue e perdura,
Hoje,amanhã talvez,
Ela barra o seu sonho e parece que o perdi de vez,
Rotas correntes que te levam direto a um paredão,
Escrevo um desabafo,uma desilusão,
É um reflexo de dor e não de união,
Parei e fiz de tudo pra tirar esse momento,
Mas voltei a este mesmo lugar em meio tempo,
Ave maria que rogai por nós,
Enquanto há tempo,por favor,
Escute a minha voz,
Esconda no fundo daquele poço todo o mal que me vem,
Te glorio,imploro e digo amém,
Manhã gelada que não aquece o corpo,
As vezes falta até o sorriso,
E sai uma lágrima da escuridão,
Andando pelas ruas não vi solidão maior,
Do que cair na rotina,
E saber um caminho de cor,
De faces nuas e cruas procurando um acalanto,
E me espanto com os sonhos que agora não existem,
Na verdade o acordar e dormir que persiste,
Nessa jornada que paira sobre um peito de aço,
Te agradeço por gostar de mim,
Por me fazer o bem,
E no fim dessa corrente eu direi amém,
Ave maria que rogai por nós,
Enquanto há tempo,por favor,
Escute a minha voz,
Esconda no fundo daquele poço todo o mal que me vem,
Te glorio,imploro e digo amém,
Três tapas no rosto pra ver se consigo levantar,
De um sono profundo,
E amargo de sufocar,
Um,dois,três,vamos lá mais uma,
Seguir um novo rumo frente aos obstáculos de outros dias,
Parece que quando acumula,
Bate até aquele suor frio,
E ficamos no pesadelo de tê-lo,
Nunca vi tanto reflexo de solidão,
Deve ser a passagem de um mero garoto,
Pra um forte homem,
Que não seja um lobo em pele de cordeiro,
Ou um lobisomem,
Ave maria que rogai por nós,
Enquanto há tempo,por favor,
Escute a minha voz,
Esconda no fundo daquele poço todo o mal que me vem,
Te glorio,imploro e digo amém.