Maria Joana
A rosa que picou a mula,
Que fofou o pelo, que não disse nada
Sem prosa pegou a matula
Deitou o cabelo e caiu na estrada
A maluca saiu da maloca
Deixou-me na oca da melancolia
Ouvindo, zum de muriçoca;
Cabeça caduca e muita fantasia.
A louca deixou a larica
Levou a “chaninha”, o totó e o bilú
Fiquei de carteira vazia
Que a Rosa Maria levou meu tutú.
A Rosa é uma estrela cadente
Sem flor, sem magia, é Maria tirana
Plantei no jardim outra rosa,
Sem Rosa Maria, Maria que engana.
Agora no céu lá da roça
Brilha outra Maria, minha tramontana
Que rossa meu corpo e me guia
U’a flor de Maria, Maria Joana.