ESPELHO MEU
Hoje eu fiz as pazes com meu espelho
E novamente me vi a sorrir
Liberta de um visual pentelho
Que ousava me agredir
Depois de uma bela reciclagem
Voltei a me sentir mulher
Já que o tempo fez a bobagem
De na minha mistura meter a colher
Pois com a mulher é mesmo assim
Entre ela e o espelho há cumplicidade
Ao perder a gula pelo espelho em fim
Ela perde também a vivacidade
Ponha fé e não se engane
O espelho é seu eterno namorado
Sem ele a mulher entra em pane
Fica com o coração dilacerado
Nem pense que isso é pura besteira
A mulher tem lá as suas razões
Pois o espelho é a única fronteira
Entre a realidade e as ilusões
A lembrança de uma imagem
Cujo reflexo se perdeu
Sempre lhe trará a mensagem
Dos erros que cometeu
Pois com a mulher é mesmo assim
Entre ela e o espelho há cumplicidade
Ao perder a gula pelo espelho em fim
Ela perde também a vivacidade
Ponha fé e não se engane
O espelho é seu eterno namorado
Sem ele a mulher entra em pane
Fica com o coração dilacerado