Garimpar a paz interior.

Vou compor pras pedras do campo

E ao orvalho que cai lá na mata

Pra abelhas rosas e o pirilampo

E a tão bonita lua clara de prata.

Vou conversar com as aguas do rio

Que correm com destino ao mar

Cantarei pras noites escuras e de frio

Sobre o cheiro de terra molhada vou rimar.

Homenagearei as folhas caidas no chão

Que está só,e a mercê de uma ventania

Não quero acreditar que tudo é uma ilusão

Mas ter a certeza que tudo na vida é poesia.

Driblarei a lembrança que já não convem

Eu quero agora garimpar a paz interior

Que acredito,vai me levar bem mais alem

De simplesmente um apaixonado trovador.

Que agora não tem nada mais a oferecer

Porque já deu tudo que tinha de mais precioso

E só me resta o sublime dom de escrever

Guardado no cantinho de um coração ansioso.

Pedro Nogueira
Enviado por Pedro Nogueira em 17/08/2011
Código do texto: T3166490
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