Garimpar a paz interior.
Vou compor pras pedras do campo
E ao orvalho que cai lá na mata
Pra abelhas rosas e o pirilampo
E a tão bonita lua clara de prata.
Vou conversar com as aguas do rio
Que correm com destino ao mar
Cantarei pras noites escuras e de frio
Sobre o cheiro de terra molhada vou rimar.
Homenagearei as folhas caidas no chão
Que está só,e a mercê de uma ventania
Não quero acreditar que tudo é uma ilusão
Mas ter a certeza que tudo na vida é poesia.
Driblarei a lembrança que já não convem
Eu quero agora garimpar a paz interior
Que acredito,vai me levar bem mais alem
De simplesmente um apaixonado trovador.
Que agora não tem nada mais a oferecer
Porque já deu tudo que tinha de mais precioso
E só me resta o sublime dom de escrever
Guardado no cantinho de um coração ansioso.