Vestida de cinza.

Falo agora com as flores do campo

Eas pedras que margeam a estrada

A noite igo a luzverde de um pirilampo

Só com a intenção de não estar sozinho.

A minha poesia está vestida de cinza

E até a lua parece brilhar bem menos

Quantas frases tão inseguras e indecisas

E ao invés de perfume rosas exalam venenos.

Tudo parece mais um período sombrio

Onde o que quer encontrar poucos sabem

Um éco ressoando num universo vazio

Onde os decibéis do silencio já não cabem.

Preciso jogar fora inumeras lembranças

Inclusive uma petála que colhi na primavera

Reacapitular itens do estatuto de esperanças

Um instrumento renovado o meu coração espera.

Pedro Nogueira
Enviado por Pedro Nogueira em 21/06/2011
Código do texto: T3049108
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