Do lado dos que não existem
Tão iludida e embriagada
Vieste por mil e uma estradas
Todas elas sem chão
No teu peito rancor
Na falta de um coração
Como sofre teu peito
Por tentar ser perfeito
Nem de ti sei o nome
Nem à vida eu conheço
Sei que eu ia aonde de onde vinhas
Mas tudo tem um preço
E se me convencer
Estou disposto a ficar
E descansar com você
Vieste donde vivem os tristes
Do presente do real
Dos que sofrem por quê existem
Vem que eu sou o teu presente
Presente a ser dado
Não o presente a ser vivido
Mas um sonho já realizado
Peço que fique e me acompanhe
Vou mostrar pro mundo
Que o sentimento mais profundo
É não ter de quem se apanhe
Nem bater em quem se ganhe
E, sim, não competir
Pois isso só mais cedo
Adianta a hora de partir