A Flor do Basalto
Dizem que ninguém está disposto a se condenar
Já que é pra falar em bom gosto, o amor me encharcou de desgosto,
A flor do fundo do poço ta louca pra desabrochar
No mundo de quem não está
A flor do basalto capricha no asfalto,
A dor sobressalta pro amor descansar
O motor que acelera a quimera da vida
Ronca mais alto pra alguém me escutar
A razão da minha espera é saudade
A velha entidade que deu de baixar
O espírito da minha fera
No estado místico da primavera
Tirou a flor do meu caos
Colocou outra dor no final
Eu escancarei a janela
E não sei mais bancar
O maluco total
O meu coração, sem titubear,
É um caduco ancestral
Olá, tudo bem?
Se cada um dá um pouco do que tem o mundo não precisa ninguém além
De cada um sua capacidade
Pra cada um a nua verdade
E eu que só preciso de você
Prefiro morrer de saudade
É que o meu coração e seu jeito pouco
Feito um sufoco,
Se livrou de mim
Diz que prefere assim
Metade distraído como louco
E a outra metade afim