Pai do Sertão
(...para uma peça falida ainda na véspera, e da melodia que se perdeu no processo...)
Foi
Que eu
Peguei o rio
Que findava pela nascente
Enquanto, descrente, ainda corria
E percebi que tu
Pegavas pessoas caídas e colocavas poesia
Nelas e nas coisas delas
Foi
Que a rosa pegou flor
Criou barriga e explodiu
Foi que eu fiquei mais valente
Foi que pela janela da gente
Abriu a fera em frente, acanhado Brasil
Choromingastando minhas lágrimas
Páginas de serafim
Bois que escapam em ferraduras
Ai de mim, da escultura sem façanha
Da manha de outras máquinas,
Artimanhas descontadas em novas práticas
Páginas estáticas que não saem mais de mim
Percorrem a fantástica vista dos olhares tão sem fim
Chorominguardando minha lástima
Chegaste pela capa de couro
De um touro que não tava afim.