Finalmente be

Finalmente.

Posso enxergar a estrada após as

Nuvens negras do passado terem

Dissipado o encanto dos meus olhos.

Finalmente.

Caminho com meus próprios pés

Sem correr os riscos da caminhada

Que seguia seu rastro pela estrada.

Finalmente.

Respiro fundo e libero o ar

Da ilusão que me fizeste respirar

Nos dias e nas noites de solidão.

Finalmente.

Percorri a distancia que existia

Entre a luz e a escuridão.

Quanto me fez mal ter ilusão!

Finalmente.

Nos acordes da guitarra entoa-se

A canção necessária para me

Fazer desistir de te fazer feliz.

Finalmente.

Deixamos de acreditar no depois.

Deixamos o depois para depois.

Nunca viveremos o depois.

Finalmente.

Fizemos de nossas vidas linhas

Paralelas sem céu de horizonte

Pra se encontrar, pra se acreditar.

Finalmente.

Deixamos de acreditar na saudade

Que irá para sempre nos torturar.

E eu sei que iremos amargar.

Finalmente.

Passaremos no tempo e ninguém

Perceberá a ilusão, a solidão,

A juventude perdida de dois corações.

Finalmente...

Renato Galvão
Enviado por Renato Galvão em 02/02/2011
Reeditado em 01/07/2018
Código do texto: T2767947
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