Mar, Rio, Ana...
Pra que correr se eu não sei pra onde vou
Pra que ficar se eu não sei se aqui estou
Pra que partir se eu tenho minha viola
E se ela me consola aos lugares longe eu vou
Pra que tanta certeza na sorte
Se a vida em ode é morte
Forte forte o que ficou
Pra que a guerra se eu tenho o amor
Se a paz que me entorpece causa dor
Pra que a dor se eu tenho minha viola
E se ela me consola sozinho jamais estou
Pra que esquecer se o mar é um caminho
Barco mesmo anda sozinho
Que jamais se ancorou
O homem que tem fome vê a imagem do senhor
Um beijo de partida que profana a própria dor
Pra que chorar se a esperança me adora
E por dentro me devora o coração lhe restou
Pra que sofrer se o desejo é vizinho
Com promessas de carinho
De um porto que encontrou