E volto a falar com o clips.

Quando a saudade aperta

Eu me lembro que sou poeta

E ai eu traço uma meta

E logo me ponho a rimar

Falo com um clips na mesa

E dou um viva pra beleza

Da meiga mãe natureza

Que nós devemos respeitar.

Falo de um amor distante

E de uma abelha errante

Da saudade amarga e constante

De um bom tempo que já se foi

Mas no esquecimento não cai

Doce lembrança que me atrai

A saudade do meu velho pai

E do seu querido carro de boi.

De uma escolinha modesta

Ondo o aprender era uma festa

E agora somente o que me resta

É a saudade da professora

Aquela bonita moça menina

Que com tanto carinho me ensina

Enquando minha alma criança imagina

Uma meiga e linda flor sedutora.

E volto a falar com o clips

Pergunto se ele viu o eclipse

E o que acha do novo micro chips

Que a ciencia desenvolveu

Ouço então a vóz da gaveta

Que com um carimbo comenta

A admiração pela prateada caneta

Por tudo o que ela já escreveu.

Pedro Nogueira
Enviado por Pedro Nogueira em 02/06/2010
Código do texto: T2295766
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