E volto a falar com o clips.
Quando a saudade aperta
Eu me lembro que sou poeta
E ai eu traço uma meta
E logo me ponho a rimar
Falo com um clips na mesa
E dou um viva pra beleza
Da meiga mãe natureza
Que nós devemos respeitar.
Falo de um amor distante
E de uma abelha errante
Da saudade amarga e constante
De um bom tempo que já se foi
Mas no esquecimento não cai
Doce lembrança que me atrai
A saudade do meu velho pai
E do seu querido carro de boi.
De uma escolinha modesta
Ondo o aprender era uma festa
E agora somente o que me resta
É a saudade da professora
Aquela bonita moça menina
Que com tanto carinho me ensina
Enquando minha alma criança imagina
Uma meiga e linda flor sedutora.
E volto a falar com o clips
Pergunto se ele viu o eclipse
E o que acha do novo micro chips
Que a ciencia desenvolveu
Ouço então a vóz da gaveta
Que com um carimbo comenta
A admiração pela prateada caneta
Por tudo o que ela já escreveu.