Íris de Neon

Olha a noite

Na cara dessa gente

Latente,na cara

Olha a tara

Verdade marcada

Jóia rara.

Nas janelas

Que flutuam na neblina

Risos se escondem dos faróis

Homens que suplicam

de joelhos

Meninas que trabalham

No vermelho

Aos olhos dos fantasmas

De neon

Mas na noite

Tem olhos inocentes

Carentes canduras

Defloradas

Tem, em cada canto,

Uma cilada

Paraísos,desejos proibidos

O apelo da matéria

Dá o tom

Vozes se confudem

Nas esquinas

Com risos de meninos

E meninas

São todos pueris

E foliões

Olhos se acendem

Na cidade, no cerrado

Vezes se encontram

Nas esquinas

Nos cercados

Tem olhos que se fecham

Nas rebeliões

carlinhos matogrosso
Enviado por carlinhos matogrosso em 23/02/2010
Reeditado em 25/03/2010
Código do texto: T2104145
Classificação de conteúdo: seguro