A fé desse humilde poeta.
Eis ai a planta do meu coração
Com muitos labirinto e porões
Muros com enormes portões
Longos corredores e saguão.
Um quarto enorme e vazio
E uma grande cozinha deserta
Uma sala grande que desperta
Aquele ar tristonho e sombrio.
Atras de um quadro tem um cofre
Com papeis de muito alto valor
São cartas amareladas de amor
Provando que de saudade ainda sofre.
Escadas longas e em caracóis
Janelas grandes que dão para o mar
Uma varanda banhada pelo luar
E um jardim repleto de girassois.
E lá sala de estar tem uma lareira
Ao lado uma ampla sala de leitura
Na parede o quadro de dourada moldura
O belo sorriso de uma princesa faceira.
Tem inumeras passagens secretas
Uma arejada biblioteca e uma adega
E uma linda cascata que rega
A sincera fé desse humilde poeta.