FERIDAS
(D)
Quando brigar não me acuse de indiferente
Não faça um inferno da vida da gente
Não seja um demônio a me torturar
Quando errar não me acuse de ser o culpado
Das marcas da vida que vêm do passado
Das coisas pequenas que trouxe de lá
Que não vão se apagar, mas podem machucar
E não vão se apagar
Quando chorar não me culpe da causa do choro
Que vem do fracasso, seu maior tesouro
Manchado na alma de um corpo vulgar
Quando sorrir se desculpe por sua desgraça
Todos seus pecados, são uma ameaça
São chagas abertas, não podem curar
E não vão se apagar, mas podem machucar
E não vão se apagar
Quando eu chegar não reclame por não chegar cedo
Não me atire pedras, não me imponha medos
Essa atitude não vou aceitar
Quando eu sair não me chame por que vou embora
De nada adianta dizer que me adora
Se as suas culpas não quer aceitar
E não vão se apagar, mas podem machucar
E não vão se apagar