BRISA MANSA
Na fazenda onde eu morava,
Numa casa abarrotada, cobertura de sapé,
Eu e toda a gurizada, saia de madrugada,
Pra colheita do café.
Com o rastelo nas costas, a peneira na mão,
Eu pisava na geada, numa estrada abandonada,
A paisagem desse chão.
O tempo passa e a Rutinha que beleza,
Flor de toda natureza,
A embalar meu coração.
Trago no peito a brisa mansa tão macia,
Ao lembrar daqueles dias,
Em que vivi lá no rincão.
Os verdes campos arraigados,
Na memória e na lembrança,
Como se fosse procurar.
A biquinha gotejante, o monjolo ofegante,
Santuário do lugar.
Roupa bonita no domingo, o namoro no portão,
As mocinhas de rodados,
Coloridos, transformados em borboletas de verão.
O tempo passa e a Rutinha que beleza,
Flor de toda natureza,
A embalar meu coração..
Trago no peito a brisa mansa tão macia,
Ao lembrar daqueles dias,
Em que vivi lá no rincão.
nino campos