MARCAS DO TEMPO
(C)
Marcas profundas na face
Retratos da vida que a gente não muda
O tempo nos mete medo
Não guarda segredo, é um Deus nos acuda
Sombras no brilho dos olhos
São rastros da vida, visão que assusta
Esse caminho sem volta, não causa revolta
Mas quanto nos custa
Refrão
Quanta que saudade... lá do meu sertão
Das noites de lua, folguedos de rua, quanta animação
Ai que vontade... de retroceder.
Voltar a infância
Me tornar criança e nunca mais crescer
Há tanto peso nos ombros
São fardos de tudo que a gente viveu
Restos das coisas perdidas
Derrotas que a vida um dia nos deu
Rosto marcado nas rugas
Que contam os anos de luta e sofrer
A vida vai tão depressa
A gente tem pressa, é preciso viver
Refrão...
Vendo a ternura contida
Na voz da criança a chamar por seu papai
Dá um aperto no peito
Voltar não tem jeito e o tempo se vai
A gente quer no presente
Viver o passado que ficou pra trás
Sonho cruel que devora
Se o que foi embora não volta jamais
Refrão...