MARCAS DO TEMPO

(C)

Marcas profundas na face

Retratos da vida que a gente não muda

O tempo nos mete medo

Não guarda segredo, é um Deus nos acuda

Sombras no brilho dos olhos

São rastros da vida, visão que assusta

Esse caminho sem volta, não causa revolta

Mas quanto nos custa

Refrão

Quanta que saudade... lá do meu sertão

Das noites de lua, folguedos de rua, quanta animação

Ai que vontade... de retroceder.

Voltar a infância

Me tornar criança e nunca mais crescer

Há tanto peso nos ombros

São fardos de tudo que a gente viveu

Restos das coisas perdidas

Derrotas que a vida um dia nos deu

Rosto marcado nas rugas

Que contam os anos de luta e sofrer

A vida vai tão depressa

A gente tem pressa, é preciso viver

Refrão...

Vendo a ternura contida

Na voz da criança a chamar por seu papai

Dá um aperto no peito

Voltar não tem jeito e o tempo se vai

A gente quer no presente

Viver o passado que ficou pra trás

Sonho cruel que devora

Se o que foi embora não volta jamais

Refrão...

Heliodoro Morais
Enviado por Heliodoro Morais em 27/09/2009
Reeditado em 27/09/2009
Código do texto: T1833946