FAGIA
Quanto mais você processa, o bem, combatendo o mal
Quanto mais você professa, no homem, o ser racional
Mais cria uma cobra cega no fundo do seu quintal
Que injeta em quem trafega o seu veneno letal
Se esconde na própria sombra, porque na luz não encontra
Condições de ser normal
Por si só não aparece. Faz dos outros pedestal
Defende o que não conhece
Não tem reserva moral
Quanto mais você agrega valor às coisas que faz
Quanto mais aplica e prega os bons preceitos morais
Mais crias seres pequenos. Seres pequenos demais
Com superpoderes plenos. Quase sobrenaturais
Que se escondem na moita e, sorrateiros, açoitam
Sempre batendo por trás
Esses covardes claudicam no sujo do seu cartaz
São pelo mal que praticam
As crias de satanás
Quanto mais você constrói caminhos pra ser feliz
Quanto mal você destrói, cortando pela raiz
Mas cria alguém pra ser parte de um bando de imbecis
Que usa pra projetar-se de artimanhas sutis
Se perde na vaidade, distorce toda verdade
Com ciladas e ardis
Soberba que se acaba pelas atitudes vis
É quando o mundo desaba
Nas costas desse infeliz