Estrada Carreira

Vou me arrastando de alforje e chinelo

Levo comigo na algibeira do coração

Uma história de vida e mistério

Dessas terras formosas que já foi rincão

Trago no corpo as marcas de peão

Das quedas no lombo de burro brabo

Fui famoso nos confins desse sertão

Hoje vivo das lembranças saudosas do passado

Já vivi das modas de viola

Dos amores mal resolvidos também

Hoje apenas o meu coração chora

Relembra as namoradas que tanto queria bem

Meu nome é estrada carreira

Já guiei boiadas por tantas léguas sem fim

A cachaça ia limpando da goela a poeira

E o tempo ia fechando as feridas prá mim

Zerzil Durães
Enviado por Zerzil Durães em 18/09/2009
Código do texto: T1817930
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