MISCIGENAÇÃO, LIBERDADE E EXPRESSÃO

Eu posso estar cantando,

Eu posso estar me expressando,

Eu posso estar morrendo de tédio, desse modo de falar!

Palavras decoradas em frases repetidas.

Quem programou a sua vida?

Vá lamber sabão!

E pare de morder a língua.

Nem tudo o que se faz... Serve!

Nem tudo que se ensina... Usa!

Nem tudo que se aprende... Satisfaz!

Vem corrigir meus erros!

Que eu posso estar te ensinando!?

A minha ação è verbo,

O meu verbo é ação,

Contrariando a terceira pessoa,

Opondo-se aos pronomes,

Tornando-se volúvel

O complicado e o simples.

Passaram-se... O que se passou?

Falaram-se... O que se falou?

Expressaram-se... O que se expressou?

A minha língua dá nó até em professor!

Eu conjugo substantivo,

Equaciono português,

Subtraio a soma, somo a subtração.

Confundo e ensino,

Sou leve, sou pesado,

Sou fácil, sou difícil,

Sou complicado e sou simples.

A minha ação é verbo, o meu verbo é ação,

Contrariando a terceira pessoa,

Opondo-se aos pronomes

Esse caso reto já ficou sinuoso!

Posso estar mudando o verbo,

Posso estar pensando,

Posso estar me libertando

Ou apenas fazendo uma canção.

A morte espera minha vida!

No presente do futuro,

Nunca sabem ao certo

Sobre o réu ou sobre a vitima.

A terra gira me deixando tonto!

O silencio me ensurdece,

A paciência me apavora.

Numa overdose de informação,

A vida passa, levando minha juventude,

Quando percebo que não é o mesmo coração!

A imaginação engana meu suspiro,

Quando confundo inimigo com amigo

E na escola da vida,

Sou eu meu professor!

Subtraio a soma, somo a subtração,

Sou escuro, sou claro,

Sou “negro branco”,

Sou “índio português”.

Sidney Silepse
Enviado por Sidney Silepse em 23/10/2008
Reeditado em 24/02/2016
Código do texto: T1244612
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2008. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.