É perdendo que se ganha...

Que sorte que tenho

Eu vou e eu venho

Que sorte que nada

Estou só na jornada

O destino descalço

Com tantos percalços

A vida esquecida

Na estrada comprida

Sem fim nem começo

Em tudo há um preço

Eu pago dobrado

Pelo sol ao meu lado

E tenho de graça

O vento que passa

Na brisa que dança

Na ponta da lança

Que abre a passagem

Para a mesma viagem

Não vou e não volto

Meus sonhos eu solto

Com os cavalos selvagens

Na mesma paisagem

Do meu reino acordado

Desse sonho encantado!