Nem flores cheiram

Não é que o ranger dos meus dentes me defina

Mas eu preciso que notem, não sou o mesmo.

Eu vejo o mundo eu toco o criador, eu me toco.

Criação e seu pecado, pecado e sua aberração e o progenitor.

Eu estou bem, quando estou gargalhando, chapando.

Quando vejo as bitucas de cigarro, os prédios, minhas roupas de cores neutras que, elegantemente se combinam, o rissoles frio que, mais da raiva do que mata minha fome, o homem a criança , a garoa melancólica, os cadáveres humanos, as coreografias improvisadas dos transeuntes que, se repete mas nunca é a mesma, o fanático que grita e confia piamente no livro.

Tudo isso, tudo aquilo, sei lá, tudo em osmose, tudo em sentido zero, essas coisas também sou eu, também são o que eu sou hoje.

Eu estou bem dentro da minha loucura, se alguém se perder, por aqui também, eu vou estar bem, feliz e acompanhado. Aqui no jardim dos indesejados nem flores cheiram.