Um amor Paradoxal

Um amor paradoxal, uma situação anormal, um caso controverso;

Um amor confuso, um relógio sem fuso

Um lugar onde nada faz sentido, um deus sem paraíso tal como o escolhido sem seu destino.

Estou perdida, sou esquecida em meu submundo, beirando o precipício.

Que grito é este que elouquece a fúria de um furacão deixando sem som a razão de qualquer sabichão?

Que gosto é esse que invalida o mais apurado paladar deixando minhas glândulas sem poder explicar o doce ou amargo do que lhe invade de forma sufocante e castigante?

Minha pele se endurece com seu toque, e o passeio de sua respiração em meu colo deixa infencundo qualquer pensamento de rejeição que a razão tenta cogitar

Tens em suas mãos a força de um guerreiro e aloca nos dedos armas de um fuzileiro que massagea a ríspidez de um tentado "Não ".

“Nao”, mas me desfaço com o estrondo da sua voz dilatando o desejo de quem quer ser sua por inteiro.

“Não”, Rejeito sua visita em minha boca faminta, mas me deixo vencer com o deslizar de sua astúcia em minha coxa arrancando de meus labios um “sim”.

“sim”, arrancas insultos escondidos em meu peito com a brutalidade do teu trato, na simultaneidade de uma entrega desesperada em seus braços afagante.

“Sim”, Odeio-te por tanto desejo.

Recolho minhas falas e falácias ofereço -te meu desprezo, que a ti nada importa, pois tens-me ao todo como a loucura tem ao tolo, em desejo de quem quer ficar carrego meus pés para longe na certeza de que mais uma vez vai me arrebatar.

Tenho em ti a bravura de uma fera, e os arrepios de quem meus gemidos governa.

Refugiu-me nesta caverna longe de ti, deixando as chaves atadas em teu pescoço!

Telma Dissengumuka
Enviado por Telma Dissengumuka em 07/04/2019
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