Ao nascer [Primeira fase]
“Dois pequenos milagres. Como é possível serem tão perfeitas?”
Ele olhou para as gêmeas no colo de sua esposa, Letícia e sorriu maravilhado. Agora era pai. Sérgio Fleming delicadamente tomou em seus braços a gêmea de cabelo mais escuro. Novamente não soube entender como era possível que um casal tão infeliz como ele e Letícia pudessem ter feito uma obra tão divina como suas filhas. Tinham sido abençoados com a graça de serem pais após 5 anos de casados.
- O que acha de “Marine”? – Perguntou ele, encantado. Segurou a mãozinha da filha com delicadeza. – Gosto desse nome.
- É um bonito nome. Então... – Letícia sorriu, olhando para a pequena em seu colo. A maternidade trouxera algum tipo de tranquilidade a ela. - Marine e Mariana?
- Perfeito!
Mariana, a mais agitada das duas era mais parecida com Letícia. Olhos amendoados e o rosto evidenciavam com alguma sutileza que ela puxaria para o lado da mãe. O cabelo era tão louro quanto os de Sérgio.
Marine, mais acanhada, era uma mescla dos dois. Os cabelos negros e lisos da mãe, com os olhos azuis turquesa do pai, herança da família Fleming. Era calma, tinha serenidade e uma doçura nos pequenos olhos que encantou Sérgio.
A médica responsável pelo parto disse que nunca vira duas meninas gêmeas tão parecidas e diferentes ao mesmo tempo. Meninas assustadoramente perfeitas e saudáveis. E torceu para que ambas fossem muito felizes.
“E elas serão.” – Pensou Sérgio, segurando Marine e observando a esposa amamentar a outra filha. “Muito felizes. Muito felizes mesmo...”
Era uma nova chance que a vida dava ao casamento de Sérgio e Letícia.