Menina Sim...

Ela tem razão...

Eu sou mesmo uma menina... E não importa a minha idade eu ei de ser e anseio ser sempre uma menina, com 26 ainda uma menina, uma menina que decide por si, onde vai, quando vai se vai ou se vem, se fica ou se parte, que escolhe o que vestir, pra se agradar, te agradar, agradar a nós... Uma menina que acorda todos os dias e tem pela frente a luta de todas as mulheres de 30, 37, 42 e porque não 80 quando sente a dor aqui e acolá, a dor no corpo, outrora na alma, e às vezes nos cotovelos...

Sim, uma menina, apaixonada como uma mulher, oras como assim? Pois é, assim sendo...

Uma menina afrente das feras que por vezes a sucumbem, num corpo frágil e pequenino, julgado por assim, pelos olhos que ainda brilham os 15, pela pele que enaltece a jovialidade... Que assim seja enquanto a perfeição dos traços de menina encontrar seu abrigo nas entranhas de mulher que a habita.

A menina olha de quina, a jovem mulher que a puxa pelas mãos, pelas sombras de traições, de desejos, de sonhos, pelos percalços e nos encalços que ela se propõe, propôs e assim decidi, escolhe...

A menina que fala por si só, não precisa de defesa, não é réu em julgamento, é réu na vida...

A vida que dá é toma a seu bel-prazer como também faz uma menina mimada, minha defesa e escolha é fazer as vontades dela, sem perguntar a outrem nem pedir nada...

A menina que é cobrada pela mulher que deve ser, e não cobra o que não apetece...

Aos olhos de quem só enxerga o que permitir a menina mimada vida, prefiro que assim mesmo veja a mim, a menina, que mulher só apetece a quem a torna dela mesma, podendo ser de quem ela quer que seja dela, se querer...

Você é em mim aquela mulher pueril, do berço a flor da idade, é a mulher em sexo em verdade docemente madura, como o primeiro morango que saboreamos, e vívida em sua plena vivência.