Floresta Dos Druídas
Última noite e as noites antecedentes, tive um sonho que se repete monotonamente como as engrenagens de um relógio, porém, ele nunca falha em me maravilhar. Nele, eu corria entre campos esverdeados e florestas âmbar sob prateadas montanhas que ligam o céu a terra, como um rochoso palácio que ascende ao paraíso acima das nuvens.
Além disso, vejo raposas e lobos que descansam em meio druídas de galhada majestosa e mantos de folhas da cor da aurora, levando consigo cajados de madeira, adornados por pelagens douradas.
De alguma forma, eu sabia que eles eram os protetores deste santuário natural, que me era tão familiar, mesmo que eu desconheça seu nome.
Contudo, eu sempre acordava para a triste realidade, fundada em um pesadelo de fumaça e cinzas.
É então que percebo que não eram apenas sonhos, e sim dolorosas memórias da velha liberdade que antes me pertencia.