Paródia da Parábola do Filho Pródigo...
Quem dá ouvidos a pastor ou padre já conhece a história bíblica do pai, riquíssimo, com o filho pródigo que abandonou a casa e queria viver só de farras. E assim se fez, com o pai cedendo aos desejos do pirralho.
Que logo perdeu tudo, e, quando voltou para a casa paterna, tamanha foi a alegria do pai que o recebeu com aquela festança, encabeçada pelo sacrifício do mais tenro cordeiro. Festa para não se esquecer - publicava o Ibrahim Sued da época.
Mas o filho, mimado daquela forma, não se corrigia nem em norma cria. Uma orgia. E que a cada mês se repetia.
Até que o cordeiro da vez - já predesignado - recaiu sobre um animal um pouco mais inteligente que, sabendo que sua vez chegaria, certa, tenebrosa, como uma briga em putaria, não hesitou: pro mato foi que se mandou.
E o filho, novamente, triunfalmente, chegou. O Pai para recebê-lo condignamente ordenou os procedimentos costumeiros ao capataz.
Mas neca de se achar o cordeiro da vez. Havia azulado...
Ciente do fato, o Pai mandou legiões à sua procura. Que levou dias e dias. E quando o resgatou magro, sarnento, sardento e sargento, em uma gruta, tamanha mas tamanha mesmo foi a sua alegria que organizou a maior das maiores festas e, para purgar seus pecados, sobre o divino altar, o filho pródigo mandou sacrificar...