A garota que guardava gotas de orvalho [3ª VERSÃO]
(Atenção! Esse texto tem três versões diferentes, cada uma se focando em um personagem e um história. Essa é a terceira e última versão, da qual tem trinta linhas. Nessa versão, o protagonista não é mais o Dan, como nas versões anteriores. Aliás, nessa versão, o nome de Dan nem é citado, porém, ele existe na história. Nessa versão a protagonista é a garota, da qual tem sua história focada até o fim.)
Em um bosque pequeno, bastante afastado de uma praia muito conhecida, vivia uma garota de cabelos loiros e ondulados, com aparência bastante jovem. Ela vivia naquele bosque, pois conhecia um poder misterioso das gotas de orvalho das plantas que lá haviam. Ela buscava conchas na beira da praia todos os dias, e logo cedo guardava as gotas de orvalho dentro dessas conchas fechadas. O orvalho tinha um poder misterioso, do qual só ela conhecia. Era capaz de curar qualquer ferida. E assim, vivia a garota, salvando as pessoas que tinham dificuldades. Aquela garota não sabia a sua história, não sabia quem ela era. Mas ela sabia que o poder do orvalho não funcionava com ela. A garota também tinha um poder misterioso do qual não conseguia entender. A garota era parte da natureza daquele bosque. Ela estava presa naquele lugar. Se ela tentasse ir para muito longe e ficasse muito tempo fora daquele bosque, ela sentiria falta de ar, ressecamento em toda sua pele e a sensação de que iria embora desse mundo. Ela não podia permitir que isso acontecesse, pois a sua função era salvar as pessoas, por mais que ela não pudesse salvar a si mesma.
Uma vez, a garota salvou um garoto do qual ela se apaixonou. Ela nunca havia se sentido sozinha antes, mas isso aconteceu depois que o garoto teve que ir embora. Ela sentiu a sua falta. Com isso, a garota foi embora do bosque, quis viver sua própria vida, não quis mais estar presa naquele lugar. Ela pegou um ônibus que ia para a cidade do garoto, e no caminho dormiu sentada no banco, com a cabeça encostada na janela. Porém, ela não acordou mais. Por ela ter ido muito longe e ter ficado muito tempo fora do bosque, a sua existência acabara, assim, acabando com a natureza daquele bosque também.
Depois de algumas horas, a garota acordou deitada no bosque, ainda com as plantas mortas. Ela se deparou com o garoto, que tinha lágrimas nos olhos. Ele dizia ter usado as gotas de orvalho que estavam guardadas em uma concha que ele encontrou por ali. Ele fez isso para que suas feridas fossem curadas, ou seja, para que a garota voltasse, afinal as feridas dele existiam pelo fato dela não estar mais lá. Pela primeira vez, a garota foi salva, e por alguém que não queria mais deixá-la sozinha. Assim que o garoto explicou isso a ela, os dois sorriram, em meio à natureza que voltava a nascer novamente.