Hazards Of Love - Cap. 23

Sophia.

Terminei meu trabalho bem a tempo de termina meu horário. Arrumei minhas coisas e desci pelo elevador na companhia da Vanessa, fiquei perplexa ao ver o Breno encostado em seu carro preto, de braços cruzados e o rosto preocupado. Aproximamos-nos, apresentei a Vanessa ao Breno e me despedi dela.

- O que faz aqui? E que cara é essa?

- Não posso buscar minha namorada?

- Namorada?

- Não é?

Sorri para ele, entrelacei meus braços em seu pescoço, ele me abraçou pela cintura e me puxou para si.

- Precisamos conversar. É muito serio o que eu tenho pra dizer.

- Fala, estou ficando preocupada.

- Aqui não, vamos pro seu apartamento.

Assenti, ele abriu a porta para que eu entrasse, entrou em seguida, não disse nem uma palavra sequer no caminho, somente entrelaçou seus dedos nos meus.

Breno.

Fiquei quieto no caminho para o apartamento da Sophia. Como eu iria dizer que a Anna já sabia de tudo e que provavelmente esta morrendo de raiva da gente.

Chegamos a seu apartamento, me joguei no sofá, e fiquei tentando encontrar algo pra dizer a Sophia, que se encontrava em pé na minha frente.

- Melhor você sentar.

- Breno! Fala de uma vez, o que você aprontou?

- Nada!

- Então me fala.

- A Anna. Ela te viu sair lá do meu apartamento de manhã, fez um monte de interrogatório, não consegui pensar em nada para enrola ela e acabei contando tudo.

Sophia levantou sua sobrancelha direita, como fazia sempre que estava nervosa. Andava de um lado pro outro e um olhar preocupante.

- Diz alguma coisa...

- Ela vai me odiar.

Levantei-me, a puxei pelo braço, e a abracei.

- Vai ficar tudo bem. Ela não vai entender agora, mas ela vai pensar, eu sei que vai.

Ela já estava chorando em meus braços, não sabia o que dizer, ou o que fazer.

- O que ela te falou, depois que você contou?

- Nada. Acho que só disse que não dava pra entender, pois você é a melhor amiga dela e eu um cara que a fez bem.

- Eu a trai, Breno. Fiz tudo errado, tudo!

- Você não fez nada! Para de se culpar por tudo.

- Vou ligar pra ela!

Ela mexeu em sua bolsa, pegou seu celular, e discou alguns números.

- Ta chamando, mas ninguém atende.

- Deve ta ocupada, ou no banho.

- Eu conheço a Anna, e sei que ela nunca desgruda do celular, nem mesmo quando vai tomar banho!

Sentei-me no sofá e fiquei olhando ela tentar varias e varias vezes ligar pra Anna.

Sophia.

Fiquei tentando ligar varias e varias vezes para a Anna, mas de tanto chamar caía na caixa postal. Já estava quase desistindo quando na ultima tentativa a Anna atende.

“Você não vai desistir?!

“Anna! Amiga, precisamos conversar.

“Precisamos? Você estava me traindo com o meu namorado!

“Não foi bem assim, vamos conversar direito, não vamos discutir pelo celular.

“Não vou discutir com você, Sophia. Nem vou gastar meu tempo. Você não merece nada de mim, nem sequer uma palavra.

“Se você não me ouvir, nunca vai saber o que aconteceu de verdade!

“Abaixa o tom de voz que eu não sou surda!

“Esta parecendo que é sim! Não quer me ouvir de jeito nenhum!

“Não quero ouvir você, porque você é falsa e hipócrita!

“Eu sou falsa e hipócrita? Você nem sabe de nada! Nem tem argumentos para discutir comigo!

“Esqueci que você é a adulta toda certinha! Não faz nada de errado. Sua mascara caiu, Sophia!

“Nunca tive nem uma mascara, sou verdadeira, e fui com você! Já você é uma criança que não sabe ouvir o que é certo, esta sempre achando que todo mundo quer seu mal, ou que tem inveja de você!

Breno se levantou do sofá e tentou tirar o celular da minha mão.

- Sophia, chega! As duas só irão ofender uma a outra, e depois se arrependerão.

- Ela que esta me dizendo coisas que não é verdade, Breno!

“Os dois já estão juntinhos todo dia, rindo da minha cara, mas eu não to nem ai se você fica dando pra ele todos os dias, quero mais que vocês se ferrem, me esquece!

Tentei responde ela, mas ela já havia desligado. Como eu estava irritada, como ela pode dizer tudo isso? Ofendeu-me de tantas coisas injustas.

Breno.

A casa caiu de vez. Sophia e Anna brigaram tão feio que eu nunca tinha visto a Sophia daquele jeito, nervosa, irritada, decepcionada e não sei mais o que.

- Senta amor. Vou pegar um copo d’água com açúcar pra você.

- Não quero nada, só ficar aqui no sofá, grudadinha com você.

- claro meu amor.

Deitei-me no sofá, ela se deitou na ponta com a cabeça em meu peito, limpei suas lagrimas que escorriam pelo rosto e fiz um cafuné em sua cabeça.

- Por que nossas vidas têm que ser assim? Cheias de brigas e confusões. Por que não podemos ficar em paz, ou pelo menos ficar juntos sem ter que brigar com alguém.

- Eu também gostaria de saber. Eu queria te proteger, fazer você feliz, ter seus melhores momentos comigo, mas eu só sei te dar tristeza, brigas. Quem sempre foi confiante no nosso amor foi eu, mas estou cansado de te ver chorar, de ver você perder pessoas que gosta, só por causa de mim.

- Seria impossível ficar feliz se eu não tivesse você, Breno. Eu te amo de verdade, não é um amor qualquer, desses que são tidos a qualquer hora ou por qualquer boca, é um amor que vem do coração, um amor que dói só de sentir. Não consigo explicar direito isso, só sei que quando você ta longe dói de mais, e quando esta você assim, grudado comigo, ela passa, tipo um conforto.

- Você consegue ser romântica mesmo não querendo. RS

Há puxei um pouco para poder beijá-la, ela se deitou em cima de mim e começamos a nos beijar delicadamente, depois urgente e assim sucessivamente.

Daniel Marcos e Tassiane Barbosa
Enviado por Daniel Marcos em 20/04/2012
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