Paixões & Traições - Faço tudo por você (Capítulo 6)

(Narrado por: Bruno)

Sentado no lounge do que a muito tempo atrás era a sala de estar da família Albuquerque (ou seja, antes do Kaique transformar a casa numa boate clandestina); eu me perguntava se Jasmine viria mesmo ou não. Eram meia-noite e nada dela aparecer.

Me revirei novamente no sofá, afim de ficar mais confortável. Já estava com vontade de me mandar, porque até a música que tocava (Boring da The Pierces) não contribuía para aquela ser a noite agitada que esperava. Prova disso eram Erik e Karine que ficavam só na narguila, Kaique que já estava todo doidão depois de tanto baseado e o resto dos convidados que combinavam quem iam fazer menage com quem.

- Que milagre você estar aqui sem a Julia - disse Erik. Fazia um ANO que eu tinha chegado e ele só vinha me perguntar isso agora.

- Convenci ela de que era melhor descançarmos, e amanhã nós saíamos.

- Nem parece Bruno Giorgio falando.

Dei de ombros. A insanidade de Julia me levava a fazer isso, não me julgava um criminoso por deixá-lá dormindo enquanto só vinha sair um pouco.

Vi Sofia entrando sozinha, e pela expressão tinha a mesma opinião que eu. Aquilo ali estava um saco!

Ela parou no bar. Me levantei e fui até onde estava, talvez ela soubesse algo sobre Jasmine.

- Um Absolut - pedi ao barman, ao me sentar ao seu lado.

- O que deram para esse DJ? Cara, esse homem tinha que tocar num velório, não aqui - disse depois de uma golada num Martini.

Ignorei o que disse. Respirei fundo, e fui direto no que queria:

- Jasmine vai vir ou não?

Ela hesitou.

- Nossa, pensei que seria mais discreto, do tipo, me perguntar o porque de eu estar justo nesse lugar ao invés de ir para a Kiss & Fly, ou então me perguntar como Julia estava antes de sair de casa...

- Ela vai vir ou não?

- No geral você não é tão direto Bruno.

Revirei os olhos. Ela estava me enrolando... Mas me deu um tapinha no ombro.

- A verdade é que não sei o que aquela garota pode fazer - disse dando de ombros. - Jasmine disse que vinha, mas não sei se falou aquilo só para me acalmar.

Kaique se aproximou de nós, pedindo para que as duas meninas que o acompanhavam "darem um tempo".

- Sofia! - disse naquela voz embaçada de quem fumou uns. - Desde quando freqüenta meus aposentos?

- Desde quando você lota minha caixa de entrada com e-mails convidativos, com um P.S. embaixo de todos dizendo que tem especial para mim.

- Veio ver o que tenho de tão especial?

Ela deu de ombros, e saiu fazendo charme. Todos sabíamos que o que havia de especial para Sofia, era o que havia de especial para todas as outras, e embora ela não fosse a mais recatada de todas sabia que ficar com Kaique naquele estado não seria um bom negócio.

- E você tá fazendo o quê? - perguntou.

- Indo embora - disse me levantando.

- Ei espera. Nem chegou a hora em que os penetras começam a chegar.

Para ele, aquele era o melhor momento. Significava que a PVT estava bombando; afinal as melhores festas eram aquelas que haviam intrusos querendo entrar.

- Se tudo continuar como tá, nem mosca vai entrar aqui - resmunguei.

- Então tá - disse batendo em meu ombro. - Aquela delicinha ali é toda minha.

Sem perder tempo foi em direção a entrada, só então percebi que era Jasmine, a pessoa de quem falava. Estava linda num vestido curto e branco, e com os cabelos castanhos soltos.

Bom, menos mal. Eu não deveria continuar frustrado, afinal ela veio!

Caminhei em direção aos dois.

- ... Não, eu não precisei fazer nada disso para os promoters. Eles tinham meu nome na lista - dizia ela afastando Kaique que tinha ido com tudo para beijá-la como costumava recepcionar suas convidadas.

- Mas é incrível eu não me lembrar de ter te visto antes. Você é tão linda - disse tocando seu rosto. Ela fez uma careta de nojo.

- Lógico, nunca nos vimos antes, sequer trocamos um A.

- Se quiser a gente pode ir pro meu quarto... E trocar um A, ou 2... Ou que mais você quiser. - A esta altura eu já estava perto o bastante para ouví-lo sussurrar isso.

- Dá licença que a convidada é minha! - disse socorrendo-a e afastando ele.

Franziu a testa, todo estressado. Tá, eu não costumava convidar todo mundo pra festa dos outros, mas ele não deveria fazer aquela cara. E a nossa amizade onde ficava?

- Algum problema?

- Não nenhum - disse mais calmo. - Mas se a Julia te pega, tu tá fud***.

Saiu sem falar mais nada, e foi atrás de uma das suas garotas preferidas.

Jasmine fazia uma cara de espanto, ao olhar o modo desordenado como as costas de Kaique se afastavam de nós.

- Pelo jeito já conheceu o Kaique. É minha missão te informar que não deve dar muita bola pra o que ele fala, porque 90% é pornografia, 9% são palavrões e 1% são conselhos, que só saem quando ele tá de ressaca.

Ela riu.

- Obrigada por afastar ele daqui - disse.

- Kaique é um cara legal. Ele só tá entediado. As PVTs dele, não costumavam ser esse deserto que está hoje - falei.

Quando terminei de falar começou a tocar Party Rock Anthem (do LMFAO) no dobro do volume, e todo mundo começou a dançar.

Jasmine olhou em direção a cabine de música. E soltou uma risada desordenada, por conta do susto.

- É mesmo a Sofia ali, beijando o DJ?

Pelo espanto ela não sabia um 1/3 da minha amiga que tinha.

- De todos aqui era o único que nunca tinha ficado - falei. - Pelo jeito não é mais.

Seus olhos arregalaram-se.

- Não me diga que com você também?!

Eu ri.

- Sempre fomos somente amigos.

Se Julia soubesse de algo do tipo, mataria a prima. Além de quê, Sofia não fazia meu estilo. Nunca fez.

- Até Brian Alcântara? - disse olhando para o que estava atrás de mim.

- Foi na terceira série, por aí - falei. Até eles decidirem que se odiavam.

Ela continuou a olhar além de mim.

- Sabe que é errado furar fila não é seu baixinho folgado?! - gritou um cara de dois metros e meio do fundo da fila de espera.

- Se toca, e olha com quem tá mexendo ô palhaço! - gritou de volta, andando para trás e esbarrando em mim. - Sabe que lugar de poste não é na entrada, não é Bruno?

- Sabe que seu metro e meio de orgulho pode acabar num só soco, não é Brian? - revidei.

Ele deu de ombros. Mas minha paciência com ele tinha limites e já estava se esgotando.

Depois olhou para Jasmine, inclinou a cabeça desconhecendo-a e franziu a testa para o meu lado.

- Essa é Jasmine, Brian - avisei, esperando a reação dele; depois de saber que ele estava afim de uma ficha com todos os dados dela... - Jasmine já conhece ele.

Ele hesitou.

- É claro que me conhece - disfarçou o espanto. E foi se saindo. - Se eu descolar isso, você vai comer na minha mão - ameaçou. Nem liguei.

Depois de tudo aquilo, eu e ela ficamos sem assunto. Um olhando pra cara do outro feito tontos.

- Er... Vem vamos beber alguma coisa - disse indo em direção ao bar.

- Desculpa. Não bebo - falou sem me acompanhar. Franzi a testa. Ninguém nunca tinha me surpreendido com essa resposta antes. - Filha de neuro! Sabe como é... Álcool mata neurônios.... - explicou sem-jeito. - "Amy Winehouse morreu por conta disso".

Passado o susto sorri.

- Claro, entendo - tranquilizei-a. - Então vem, vou te apresentar meus amigos.

Ela pareceu não gostar da idéia, e permaneceu onde estava.

- Er... Melhor não. Desculpa, é que só vim aqui pra saber o motivo da sua procura. Preciso voltar logo. Meu pai nem sabe que estou aqui.

Senti sua aflição. E mais uma vez achei estranho sua atitude. Alguém negar o convite de se sentar na área vip era coisa de outro mundo.

- Tá bom. Mas, por favor vamos para o lounge. Não pega bem a gente ficar parado em plena pista de dança.

Ela sorriu e me acompanhou.

- Uau! Bruno Giorgio com uma peguete? - disse Karine rindo, ela só estava tão alegrinha porque tinha fumado muita mer** na narguila. - O que te deu hoje, hein?

- Essa daqui é a Jas - falei meio grosso pra ver se ela acabava com o fogo. - Minha amiga.

- Legal, senta aí Jas! Fica à vontade - encorajou Erik.

Nos sentamos, um pouco distante dos outros. O que tinha a dizer era algo meio delicado e eu não sabia se ela queria que fosse público também.

- Por que me chama de Jas?

Hesitei. Até o momento era algo involuntário da minha parte.

- Gosto desse apelido. Se importa? - completei sem graça.

- Não, na verdade até gosto. É melhor que ouvir meu pai me chamar de Flor.

Sorri, sem ter comentário algum à fazer.

- E onde estão Samanta e o Renan?

- Sam tá cobrindo o horário da enfermeira da avó, e Renan não costuma vir nessas festas; ele prefere ficar na antiga casa que tinha no Bexiga, estudando.

- E é normal todos ficarem olhando para você assim? Pensei que isso fosse coisa de escola. Mas tô vendo que tem mulher de vinte e poucos anos te olhando.

Isso já era tão normal no colégio que eu nem percebia!

- Mas não estão me olhando. Estão TE olhando.

Ela franziu a testa, ao mesmo tempo em que seu rosto ficava rosado.

- Você é nova aqui - expliquei. - E toda essa gente já percebeu que é uma pessoa de peso. Kaique, o rei do pedaço estava dando em cima de você, logo assim que chegou! Depois chega eu, o cara que não costuma desperdiçar palavras com ninguém e fico tagalerando contigo. E pra fechar tudo você ainda se senta no lounge, que por incrível que pareça é a parte mais cobiçada da festa, pois é aqui que se sentam os Vips aqueles que podem furar fila, aqueles que são amigos íntimos do dono da festa.

- Nem eu sabia que podia tanto assim - disse indo.

- Só tá faltando ter um quarto lá em cima - disse rindo.

Franziu a testa um quarto, não entendendo bofulhas.

- Deixa quieto, isso é outra história.

Ela deu de ombros.

- Então, vai me contar o que queria comigo ou não?

- Primeiro quero que saiba; que foi muito difícil te encontrar. Eu deveria ter ganho o prêmio Sherlock Holmes do ano por isso - me gabei.

- Mas na verdade foi Sofia quem descobriu tudo.

Caí com a cara no chão.

- Você poderia não destruir o meu ego dessa maneira - brinquei.

Ela parou de rir, enquanto eu ainda achava graça.

- Sabe, nunca imaginei você rindo - falou. - Quer dizer, eu te via rindo com sua namorada, mas nunca pensei que isso poderia acontecer comigo também.

- Então ficava me imaginando ao seu lado?

Ela corou.

- Todos no Equality se imaginam ao seu lado - completou sem jeito. Ela ficava tão linda quando estava envergonhada que fiquei até sem reação. - Mas acho que te odeio! - completou rindo.

Hã?

- Você foi tão grosso, naquele dia na secretaria que jurei te odiar para toda a vida.

Cheguei a ficar sem-graça.

- Me desculpa. Em geral, e infelizmente, sou meio antipático mesmo; costumo não desperdiçar sorrisos com rostos gentis, pois o que vale é a relação que tenho com a pessoa não um momento qualquer. Quanto a minha grosseira naquele dia, tem justificativa. Seria um inferno pra você, se entrasse para o grêmio Julia te transformaria numa escrava. Fazer você me odiar foi a maneira que tomei para te fazer desistir daquilo.

Ela hesitou.

- Mas agora tô na dúvida... Essa sua mudança repentina de humor, me faz pensar que estar sendo falso comigo.

Franzi a testa.

- Não estou te forçando a acreditar em mim. Só tenho que te dizer uma coisa, e pronto.

Ela me olhou profundamente com seus olhos castanhos. Pareciam duvidosos se confiavam em mim ou não.

- Se agora estou sendo legal com você, é porque acredito que seja uma boa pessoa e que nossa amizade pode dar certo - tranquilizei-a.

Ela sorriu gentilmente.

- O que te faz acreditar nisso?

Fiquei meio sem jeito, sem saber sua reação.

- Sua história. Você cresceu sem mãe...

- Ah não! - disfarçou a irritação nm sorriso. - Desmancha essa cara vai! E troca de assunto! Não mereço pena, por não ter uma mãe! Existem pessoas sem o pai, existem pessoas sem os dois... Existem bebês que foram jogados no lixo! Não mereço compaixão de ninguém por conta disso!

- Sei que aquilo foi uma fatalidade, e não sinto piedade de você por este motivo. Na verdade, não sinto pena de você, só te admiro por ter perdido tanta coisa boa e continuar com esse sorriso no rosto.

- Peraí, como sabe? - disse surpresa. - Essa história de fatalidade. Foi a Sofia quem te contou, não foi?

Tudo tinha tomado proporções que eu não esperava. Não estava nem sabendo como agir. Respirei fundo.

- Não. Isso é parte do que tenho pra te falar.

Ela hesitou.

- Sei de toda sua vida - expliquei. - Poderia escrever um livro, e nem você teria tantos detalhes, sabia? - falei. - Sei que Marcos já morou aqui em São Paulo antes, e qua foi na USP onde conheceu sua mãe. Ela ainda jovem engravidou de você, e então os dois se casaram e forão morar no Rio de Janeiro. No dia 10 de Setembro de 1995, ela te deu a luz e depois de algumas horas faleceu. Pelo menos é isso que andam dizendo até agora.

Ela estava surpresa.

- Onde quer chegar com a história da minha mãe? E de onde tirou toda essa informação?

- Minha mãe, ela era muito amiga dos seus pais. E todo esse assunto da Elô, não seria desenterrado caso eu não tivesse certeza do que digo.

Ela franziu a testa, esperando mais detalhes.

- Todo natal chega em minha casa uma caixa de presente. Essa caixa é colocada debaixo da árvore, mas nunca aberta por ninguém. E depois some, sem explicação alguma. E elas têm o seu nome.

Ela estremeceu.

- Como chegou até eu?

- Quando era criança aquilo era como um tesouro para mim. É como se você tivesse sido convidada para todos meus natais, mas nunca comparecesse pra pegar seu presente. Mas então no natal passado, só chegou uma carta, sem remetente. Depois encontrei ela numa caixa de fotografias que minha mãe guarda, junto estavam outras noves; datadas em cada mês do ano em que você nasceu. Nelas sua mãe assinava e dizia o que se passava durante a gestação.

- E na carta do natal passado?

- Ainda estava fechada. Se abrisse minha mãe perceberia.

- Quer que pense que minha mãe está viva?

- É uma das hipóteses - disse dando de ombros.

Ofegante, ela se levantou. Parecia que eu tinha tocado no ponto mais fraco dela com uma faca.

- Não deveria ter dopado meu pai com aquilo, para vir te ouvir isso!

- Você passou a vida inteira sem uma mãe e agora que pode ter uma, quer abrir mão, Jas? - fui cético.

Aquilo era meio que estranho para mim. Quem não quer ter uma mãe?

- Não sofro por ser orfã de uma das partes, já deveria ter percebido isso! - gritou saindo.

- Só quero que seja mais feliz do que já é! - gritei seguindo-a.

Ele parou e me olhou ceticamente.

- Não me faça acreditar que você é esse garotinho gentil. Já percebi há tempos que é um playboyzinho!

Imagina se eu não fosse então...

- Olha, se ela está mesmo viva eu posso achá-la assim como encontrei você! - falei, ignorando seu insulto.

- Porque está inventando isso? - disse numa voz melancolica e ao mesmo tempo firme. - É algum tipo de trote com calouros?

Revirei os olhos. De onde aquela menina tirava tanta criatividade pra aquilo?!

- Com toda certeza não - disse Erik levantando e vindo até nós. - Nem sei do que está falando, mas é bom que saiba que com os calouros quanto menor for o contato melhor para a gente - tentou ajudar.

- Acho que isso foi um convite para me retirar não foi? - revidou. - Já que quanto menor o contato melhor... Você vai ser cordial a ponto de me levar até a porta, também?

- E desde quando existe convite para expulsar alguém? - respondeu seriamente. - Admiro sua lógica de ligar uma coisa com a outra, mas se quisesse que saísse não pediria! Simplesmente pegava e te jogava na calçada, feito uma sacola de lixo. Uma vez aceita aqui em nosso meio, você não será excluída. Entende isso!

Ela olhou espantada para Erik, que dava duas dela - e gritando parecia o triplo.

- Então, já que para vocês tudo funciona na base da regra... Espero não estar descumprindo nenhum artigo, dizendo que pouco me interessa se sentar aqui ou não! Eu tô dando o fora!

Ela se foi. E Erik deu de ombros, um pouco frustrado por tentar fazer do pouco, muito, e indisposto a continuar naquela. Mas eu não ia deixá-la ir assim; afinal passei minhas férias procurando por ela!

- Por favor, espera!

Me joguei para frente com toda força que tinha e puxei-a pelo braço, para que não fugisse. Não precisava, tanta FORÇA.

Ela se voltou para mim no mesmo instante em que acabei de falar, e como nenhum de nós estava esperando aquela atitude nossos rostos ficaram a um centímetro de se tocarem. Senti sua respiração ofegar, e seu perfume doce cobrir todo o ar em minha volta; mas tudo o que via eram seus olhos, antes zangados e agora perdidos em meu rosto. Era possível sentir seu calor, e me perder na sua presença.

Sabia que não estávamos sozinhos, que aquela cena estava chamando a atenção de todos. Mas eu não estava nem aí! Era como se toda aquela chatice de antes tivesse sido tomada pela enorme surpresa, que tinha só ao vê-la parar meu mundo. E o que tinha para acontecer naquele instante, nós já sabíamos. Só era preciso alguém tomar a iniciativa... E eu estava disposto, só que o mais estranho é que ela parecia não se renegar àquilo.

Segurei seu rosto e caminhei sua boca ao encontro da minha. Ela estava sem reação, aceitando bem a ideia. Então tá, deixei minha boca tocar a dela. Mas antes que aquilo se tornasse um beijo, ela deu um tapa forte na minha cara.

Me afastei, com a parte esquerda do rosto queimando e com seu olhar expressando mais repugnância do que qualquer outra coisa.

- Desculpa - pedi ofegante.

- Julia! - disse Brian todo contente. - Você tem um timming perfeito para entrar nos lugares sabia?

A música parou. O mundo parou. Eu parei.

Jasmine empalideceu olhando para quem estava atrás de mim.

E agora?

Nandah Ferreira
Enviado por Nandah Ferreira em 01/08/2011
Código do texto: T3132901
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