Os ultimos dias com ela *) p.13

Entramos em casa correndo. Peguei o papel que estava na minha calsa enquanto ela ficou na porta me esperando, corri pro quarto de minha mãe abri a bolsa dela e peguei R$500 reais e corri para o elevador e ela foi atrás.

- Pra onde vamos? – ela perguntou.

- Vamos pegar um ônibus para Monte Azul falar com a mãe de Isabella. – eu disse.

- Mas eu não tenho dinheiro, nem malas nem nada. Eu só to com meu celular no bolso.

- É o que precisamos no momento.

Então a porta do elevador se abriu. Corremos para pegar o outro ônibus, e ficamos esperando chegar na rodoviária. E finalmente chegou. Eu corri para comprar logo as passagens, e por sorte ainda tinha, e por mais sorte ainda o ônibus estava saindo, então corremos e entramos dentro dele. Bruna sentou no meio do ônibus e eu do lado dela.

- Ta agora me explica tudo. – ela disse.

- A mãe de Isabella me ligou dizendo que ela tinha sumido, sumido na viajem. E não sei por que, algo me diz que foi o pai dela, por isso eu estou indo atrás dela.

- E por que o pai dela seria capaz de fazer isso com a própria filha? Por que ele faria isso?

- Por causa da separação, ele queria mais tempo com ela, por que se a filha dele fosse morar em Monte Azul ele não iria poder vê –la muito.

- E por que você acha que foi ele? Poderia ser qualquer um.

- Por causa dos papeis, dos passaportes que eu vi em uma mesa na casa dele. – peguei os papeis e mostrei pra ela. – esses papeis. – ela os pegou e começou a ler e ver.

Demoramos um bom tempo até chegar em Monte Azul. Quando chegamos lá corremos até a casa de Isabella, mais a mãe dela não estava lá.

- Pra onde vamos? – eu disse. Eu não sabia aonde dormir, nem aonde comer, e muito menos por onde começar a procurar por Isabella.

- Eu olhei no mapa – ela disse e pegou o mapa – acho que já sei onde eles estão. – ela me olhou – No mapa ele fala que vai pra uma casinha. Aqui esta o nome das ruas – ela apontou pro nome – Nós temos que ir pra lá e ver se o que você esta certo ou não. – eu me levantei.

- Então vamos – eu peguei na mão dela.

- Só tem um poblema – ela olhou para o mapa – é em Montes Claros esse tal lugar. Teríamos que pegar o ônibus de novo.

- Tudo bem. – eu disse. Pegamos um táxi para chegar na rodoviária, e depois pegamos o ônibus para Montes Claros. Demoramos só meia hora até chegar em Montes Claros.

- Agora vamos para esse tal lugar – eu disse. Pegamos outro táxi. O táxi demorou apenas 15 minutos para chegar na rua, e no numero do tal lugar. Eu pedi pra ele parar na esquina da rua. Eu e Bruna ficamos esperando algum movimento na casa, e de repente um moço saiu pelo portão da tal casa, e pelo o que parecia, ele era o pai de Isabella, o Rodrigo. Descemos do táxi. O moço entrou em um carro e saiu e eu sai correndo.

- AONDE VOCÊ VAI ? – ela disse, e eu me virei

- Eu vou entrar na casa. – ela me olhou com cara de raiva e insegurança – Olha vai ficar tudo bem, se eu não sair em 10 minutos você chama a policia, e se você ver alguma coisa estranha chame a policia e fique escondida. – eu falei e corri.

Logo que vi a casa bem perto, pulei o murro e entrei em silencio. A casa estava muito escura, ao invés de ter lâmpadas havia só vela, provavelmente quem visse essa casa a acharia abandonada, ela era completamente feia e horripilante. Eu entrei pelos cômodos e vi Isabella. Ela estava pressa por cordas e estava gemendo.

- Oi, eu estou aqui – eu disse e a abracei. – vou tentar te soltar. – eu peguei e comecei a desamarrar as cordas. As cordas estavam muito amarradas por isso demorei muito a desamarrar um nó.

- Então o seu namorandinho veio te salvar? – uma voz veio do fundo do cômodo. Era o pai de Isabella – o príncipe chegou pra salvar a princesinha – ele ficou me encarando. – MAIS ESSA NÃO SERA UMA HISTORIA COM FINAL FELIZ. – ele disse e começou a rir.

- Sabe eu ainda me pergunto como um pai consegue fazer isso com a própria filha, como pode existir um ser tão sem coração possível de seqüestrar alguém. – eu disse tentando distrai –lo. – sua filha não mereci isso.

- EU NÃO SEQUESTREI MINHA FILHA, eu a amo de mais pra fazer isso. – ele disse primeiro gritando, e depois falando baixo. – eu simplesmente amo de mais minha filha pra deixa – la ficar com aquela mulher, eu a amo de mais. – ele parou por um minuto e ficou olhando para o chão. – MAIS TUDO ISSO É CULPA SUA. – ele começou a andar pela sala – ESTAVA TUDO PLANEJADO, ELA IRIA FICAR O FIM DE SEMANA NA MINHA CASA, E DEPOIS NÓS IRIAMOS PRA NOVA YORK FICAR BEM LONGE DE TODOS VOCÊS – ele começou a gritar, eu fiquei amarrando a corda. – EU A AMO.

- IGUA VOCÊ AMAVA O FILHO QUE VOCÊ TEVE NA ADOLESCENCIA? – eu gritava, tentado fazer ele se distrair o suficiente para que eu pudesse desamarrar todos os nós – IGUAL VOCÊ ME AMAVA – eu gritei. Ele ficou em silencio.

- Por que eu iria te amar?- ele parou. - você é um merda.

- É papai, eu sou uma merda. UMA MERDA QUE SAIU DE VOCÊ, DISSO QUE VOCÊ CHAMA DE PÊNIS. – eu gritei. – Lembra daquela menina que na adolescência disse que estava grávida de voce? – eu parei. E me levantei – ELA É MINHA MÃE – eu gritei. – Você é tão imprestável que nem isso sabia não é? Você é um idiota, e por sua culpa eu cresci sem pai. Mais sabe antes sem pai do que com um pai como você. SEU BOSTA – eu gritei.

- CALA A BOCA – ele gritou e correu para minha frente tentado me empurrar, mais de repente caiu no chão.

- A única coisa que eu achei foi uma pá – Bruna disse e começou a rir – Eu vi que ele entrou, liguei para a policia, mais ela demorou então sai correndo peguei a primeira coisa que achei e entrei triunfante. – ela riu mais ainda.

- Me ajude aqui. – ela veio e me ajudou.

Só depois de 20 minutos a policia chegou e prendeu o pai dela.( o meu pai). A mãe de Isabella chegou com eles.

- Vocês precisam ir pra casa. – ela disse. Pegou o carro e nos levou pra rodoviária. Isabella não disse nada, e não fez nada, é como se ela ficasse em choque, como se estivesse em choque. E fomos embora pra nossa cidade.

- E então, como a gente fica agora ? – Bruna disse no ônibus.

- Não sei. – eu disse e me virei pra dormir.

M splash
Enviado por M splash em 20/11/2010
Código do texto: T2627168
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