Os ultimos dias com ela *) p.10
Era sabado, minha mãe me acordou as 10:00 por que o pai de Isabella iria pegar a gente as 11:00,para falar a verdade eu não estava muito afim de ir para a casa do pai de Isabella, por que eu sabia que talves ele fosse meu pai, eu sabia que estava me arriscando indo com ela por que seria muito difícil ficar com a boca calada, mais eu tinha que me arriscar, eu não confiaria no “meu pai”. E sentia que precisava ir com ela.
Chegamos no prédio dela as 10:30, peguei minha mala e subi para o apartamento dela.
- Oi, você veio – ela disse, e me abraçou.
- Eu não conseguiria ficar longe de você – eu sorri. Ela me deu um beijo e me deixou entrar.
Eu entrei e fiquei esperando o pai dela chegar. E confesso que ele demorou muito.
E de repente ele tocou a companhia, e a tensão começou. A mãe dela entrou para o quarto, pois não queria ver a cara do inútil. E eu fiquei parado no meio da sala.
- QUE SAUDADES – ela gritou e o abraçou.
- Também, minha querida – eu não olhava para o rosto dele, não queria ver a cara do infeliz que um dia eu poderia chamar de pai, mais por culpa do próprio eu nunca pude. Mas de repente ele começou a me encarar. – E você, vai com a gente? – ele perguntou e eu fiz que sim com a cabeça. E depois me deu a mão para segurar. – Seja bem vindo então. – e eu a apertei. Ele fez uma careta horrível, mais a ignorei.
A viajem foi rápida, ele morava na cidade ao lado, onde tinha uma praia artificial, e pelos planos dos dois, eles iriam passar 90% do tempo na praia. E eu iria junto.
Chegamos na casa dele as 13:25. A casa dele era toda mobilhada,, com paredes de madeira, e uma grande televisão na sala. Ele foi nos mostrando todos os cômodos, era tudo bonito, mais de uma hora para a outra senti uma grande vontade de ir ao banheiro.
- Onde fica o banheiro? – eu perguntei.
- Pega esse corredor, a quarta porta á direita. – ele virou para Isbaella e disse.- filha eu preciso te mostrar a piscina. – então ele saiu com ela para o quintal.
Peguei o corredor e passei olhando por todas as salas, mais uma entre as outras me chamou a atenção. A quarto era igual a todos os outros, más á diferença é que estava chio de mapa, papeis, passa portes,... Então resolvi entrar. No mapa estava marcado o nome de duas cidades. Montes Claros e Monte Azul, e um caminho para um lugar. Tinha passa – porte de vários nomes e na hora em que eu fui ver o papel percebi uma voz estranha, então peguei os papeis rapidamente, e os coloquei no bolso.
- Filha vou chamar seu amigo, para eu mostrar a vocês as paisagens da cidade – ele disse e ficava andando. Corri para o banheiro, fechei a porta e fiquei lá dentro.
- Ta difícil ai? – ele perguntou e começou a rir.
-Um pouco – e ficou um silêncio.
- Quando terminar avisa, vamos visitar a cidade.
- Ok – eu gritei. E depois que ele saiu, eu finalmente fiz o que eu tinha que fazer no banheiro : Mijar. Depois de 5 minutos eu voltei.
Fomos para a praia
A praia era muito longa, e a arua estava muito gelada.
- Então vamos entrar? – ela perguntou.
- Claro – tentei parecer o mais alegre o possível mais a verdade é que eu estava triste e ao mesmo tempo intrigado. Triste por que sabia que o pai de Isabella era o meu pai. Intrigado por que queria saber o que significava aqueles mapas e os nomes Montes Claros e Monte Azul. – más antes eu preciso trocar de roupa.
- Ali – o pai de Isabella apontou para uma casinha – ali é um banheiro. Eu irei me trocar la se quiser ir comigo.
- E eu? – Isabella disse – Vou me trocar a onde?.
- Filha do outro lado – ele apontou para o lado oposto – tem um banheiro feminino.
- To eu vou pra lá e vejo vocês daqui a 30 minutos, tchau.
- Tchau – eu disse, e depois a abaçei.
- Então vamos? – o pai dela perguntou.
- Vamos – E começamos a andar.. Ele andava muito rápido, por isso tive dificuldades de acompanhar. – Qual seu nome mesmo?, é que eu passei todo esse tempo sem ao menos saber seu nome. – eu peguntei.
- Rodrigo. – ele riu – então, você e minha filha são muito amigos ou namorados?
- Namorados – então passamos pela porta do banheiro. Só o Box do fundo estava aberto então eu entrei rapidamente, e comecei a trocar de roupa.
- E quando vocês começaram a namorar? – ele continuou a conversa. Percebi pela voz dele, ele tava no Box ao lado do meu.
- Depois que eu fiquei sabendo que ela iria embora praticamente, eu sempre gostei dela, mais só tive coragem de assumir isso agora. – eu fiquei esperando alguma resposta. – Antes da sra. Rodrigues você teve alguma outra mulher ?
- Por que a pergunta? – ele perguntou. Mais eu não respondi nada – Sim, só outra. Foi na minha adolescência, ela era apenas um qualquer que eu fazia de gato e sapato, mais um dia ela me disse que estava grávida, e eu a deixei – ele começou a rir- que garota idiota, achar que um homem como eu iria desperdiçar minha vida cuidando de uma criancinha - Eu não disse nada e não fiz nada. Mal sabia aquele idiota que a mulher que ele disse ser “idiota” era a minha mãe. Mais um dia eu ainda teria coragem de dizer isso na cara dele.
- E qual era o nome dela – eu perguntei.
- Não me lembro – Ele disse. Saímos do vestiário e fomos para o encontro com Isabella.
Como Isabella estava demorando resolvi ir no vestiário dela, enquanto o pai dela arrumava as coisas na praia. A casinha que ela trocou de roupa, era do mesmo jeito que a que eu me troquei. Era branca e cheia de tijolinhos.
-ISABELLA – eu gritei. E ela saiu.
- Eu já estava indo – ela começou a rir – estava passando protetor solar. – eu a beijei. – e onde está o meu pai?
- Ele ta na praia arrumando as nossas coisas, tipo toalhas, guarda – sol, coisas do tipo.
- Interessante – nos começamos a rir – posso te dizer uma coisa?
- Pode- eu disse e depois a abracei.
- Eu vou ficar só mais 2 dias, contando com hoje. - ela parou e ficou me encarando.
- Então vamos aproveitar – eu disse, e dei um sorriso. Sabe parece que o tempo começou a passar rápido depois que eu soube que ela iria embora. Eu fiquei mal, depois a namorei, a Bruna foi imatura e me beijou. Descobri sobre meu pai, agora tenho que olhar pra cara desse idiota e fingir que gosto dele. E depois de tudo isso, me despedir e tentar voltar a minha vida, tentar esquecer o amor da minha vida. O amor que eu senti por anos, mais só agora eu pude demonstrar. O amor que eu sentia por ela. – Isabella. – nos continuamos a andar - se você não percebeu eu não sei a cidade onde você vai morar, e eu preciso saber para que no futuro eu ir atrás de você e a gente viver feliz pra sempre. – ela começou a rir, e eu também.
- Monte Azul – ela disse. E olhou para mim – E eu que irei escolher o nome se for mulher, e se for homem você escolhe.
- Tudo bem então.
Ficamos na praia até o anoitecer, e depois fomos embora. No outro dia passamos o dia na casa do pai dela. Eles ficaram na piscina, enquanto eu tentava dormir, mais não conseguia, minha mente não deixava, as únicas coisas que eu consegui fazer era pensar que amanha Isabella iria embora e que eu só iria a ver de novo depois de alguns anos, e pensar em como isso mudaria minha vida, agora eu teria que ir pra escola, e encarar Bruna novamente, e encarar tudo novamente, mais dessa vez sem ninguém. Só eu e minha solidão.
Era 12:50 quanto começamos a colocar as coisas no carro, para que pudéssemos voltar para casa, o pai de Isabella e “meu pai ” era muito rápido, por isso saímos 1:30 e chegamos as 3:00 no predio dela. Ela me abraçou e no meu ouvido disse:
- É hoje – ela disse e me abraçou.
- Mais não precisa ser agora – eu disse e a beijei. Depois de 2 minutos a soltei. – Eu tenho que ir pra casa, estou cansado, depois eu voltou. – dei outro abraço, e um ultimo beijo.
- Eu te ligo. – ela me beijou. Eu peguei minhas